domingo, 13 de abril de 2008
O último adeus
Quatro anos se passaram desde que nos vimos pela última vez
Quatro anos que senti que faltava algo em mim
Um pedaço de mim
Meu coração
Meu coração ficou contigo durante esses quatro anos...
Tuas primeiras palavras dirigidas a mim depois de tanto tempo...
'Estou com alguém...'
Conseguiste partir meu coração em mil pedaços com três palavras apenas...
Será que sou louca em pensar que
Depois de tantos anos
Tu sentirias algo ainda por mim ainda?
É...
Acho que sou
Apenas quero que isso fique claro para ti
Que tu sejas feliz
Desejo isto com todo meu coração
Eu te amei, te amo e sempre te amarei.
Poema: Autoria Própria
Imagem: http://lucasandpeyton.com/gallery/index.php
terça-feira, 8 de abril de 2008
Amor e lágrimas
Ouve o mar que soluça na solidão
Ouve, amor, o mar que soluça
Na mais triste solidão
E ouve, amor, os ventos que voltam
Dos espaços que ninguém sabe
Sobre as ondas se debruçam
E soluçam de paixão
E ouve, amor, no fundo da noite
Como as árvores ao vento
Num lamento se debruçam
E soluçam para o chão. ♥
Música: Vinicius de Moraes
Imagem: http://lucasandpeyton.com/gallery/index.php
Dia haverá, que ao acordar de manhã,
pensarei em outras coisas que não
sejam você.
Que não indagarei mais o porquê,
Que terei transcendido esta saudade.
Que não sentirei por você, mais nada,
nem ao menos amizade...
Dia haverá, que não precisarei mais
saber como você tem passado:
se feliz ou triste, se contente ou
amuado.
Que não perguntarei mais de você
a ninguém, porque pouco
me importará
se você estiver passando mal ou bem...
Dia haverá,que não pedirei mais a Deus
que você me escreva, que me ligue,
me procure ou dê sinal de vida.
Que não abrirei mais as cartas na mesa,
no afã de encontrar uma saída.
Que não precisarei mais lhe contar os detalhes
aqui da minha lida...
Dia haverá, que você estará banido da minha mente,
do meu destino, das minhas noites insones.
Que conseguirei olhar as estrelas, sem chorar
e sem gritar seu nome.
Que terei me sobreposto e dizimado este
fadário
Na última lágrima,
Na última conta do meu rosário.
Imagem: http://vamps.blogs.sapo.pt/arquivo/Crying.jpg
Do amor conheci todas as ausências...
todas as tolerâncias e todas as minhas carências!
No amor...descobri todas as harmonias
todas as fantasias e todas as suas alegrias!
Do amor eu encontrei toda a solidão...
toda a paixão e toda a minha salvação!
No amor distingui todos os prazeres
e todos os dizeres e todos os seus deveres.
Do amor eu conheci todos os queixumes...
todos os seus perfumes e todos os meus ciúmes!
No amor eu vivi todos os delírios...
e todos os martírios;
todos os beijos e todos os nossos desejos!
No amor derramei todas as lágrimas...
declarei todas as máximas!
também encontrei todas as flores
com todos seus odores!
No amor deparei com todos os mistérios
e todos os seus critérios!
E todos eu levei...apaixonadamente...a sério!
Do amor desvendei todas as mágicas...
usei todas as táticas e descobri todas
as cartas enigmáticas!
No amor encontrei toda ternura...
toda candura e todas as desventuras!
No amor encontrei toda a riqueza...
toda a leveza e toda a sua pureza!
Do amor percebi toda sua magnitude...
toda a sua juventude e toda sua inquietude!
No amor eu encontrei todos os sabores...
todos os calores e todos os dissabores!
No amor busquei tudo que ele nos traz :
todo bem que ele nos faz...
E de todo o seu Universo descobri a Paz!
Autora: Marilena Frade
Imagem: http://caminhorecife.files.wordpress.com/2007/05/eu-queria-ser-amor-geisa.jpg
De toda a saudade,
a sua foi a mais forte.
De todos os beijos,
o seu foi o mais gostoso.
De todo calor,
o seu foi o mais ardente.
De todas as almas,
a sua foi a mais gêmea.
De toda ânsia de cometer loucuras,
a sua foi a que mais me atentou.
De todos os corpos,
o seu mais me instigou.
De todas as esperanças em amores depositadas,
o seu foi o que teve mais crédito.
De toda a vontade de ficar junto,
a vontade que me domina é a sua.
Por isso de todos os amores eternos por mim prometidos,
o seu será o único cumprido a risca.
Traze-me um pouco
das sombras serenas
que as nuvens transportam por cima do dia!
Um pouco de sombra, apenas,
- vê que nem te peço alegria.
Traze-me um pouco
da alvura dos luares
que a noite sustenta
no teu coração!
A alvura,
apenas,
dos ares:
- vê que nem te peço ilusão.
Traze-me um pouco da tua lembrança,
aroma perdido,
saudade da flor! -
Vê que nem te digo
- esperança!
- Vê que nem sequer sonho
- amor!
Fonte: http://www.mensagensepoemas.com.br/amor-em-geral/murmurio-para-namorada.html
Imagem: http://ff.img.v4.skyrock.com/ff5/wbseries/pics/675559828_small.jpg
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Já foram cantadas em verso e prosa
As incoerências desse tal "amor"...
É um amargo-doce, dor deliciosa,
É tristeza alegre, é frio no calor.
E os sentimentos daquele que ama
Com fervor intenso, com obsessão,
Conforme a ciência já hoje proclama,
São fontes de stress, de flagelação.
Mas como viver sem curtir no peito
Esse stress vibrante e o sofrer de amar,
Delícias de ter um cúmplice perfeito,
Dores e prazeres de compartilhar?
E como ficar nas noites sombrias
Sem sentir na alma a amorosa brisa,
De um abraço amigo pleno de magias,
E do afago amante que nos realiza?
Se amar é sofrer... stress e flagelo...
Hão de preferir nossos corações
O fascínio eterno de um doce libelo
A um destino insosso, pobre de emoções...
Oriza Martins
Imagem: http://atuleirus.weblog.com.pt/arquivo/LOVE.jpgsábado, 5 de abril de 2008
~ Soneto 35 ~
Não chores mais o erro cometido;
Na fonte, há lodo; a rosa tem espinho;
O sol no eclipse é sol obscurecido;
Na flor também o inseto faz seu ninho;
Erram todos, eu mesmo errei já tanto,
Que te sobram razões de compensar
Com essas faltas minhas tudo quanto
Não terás tu somente a resgatar;
Os sentidos traíram-te, e meu senso
De parte adversa é mais teu defensor,
Se contra mim te excuso, e me convenço
Na batalha do ódio com o amor:
Vítima e cúmplice do criminoso,
Dou-me ao ladrão amado e amoroso.
William ShakespeareImagem: http://www.deixapralaflor.blogger.com.br/casal%20na%20janela%20ao%20luar.jpg
sexta-feira, 4 de abril de 2008
O Gondoleiro do Amor
Teus olhos são negros, negros,
Como as noites sem luar...
São ardentes, são profundos,
Como o negrume do mar;
Sobre o barco dos amores,
Da vida boiando à flor,
Douram teus olhos a fronte
Do Gondoleiro do amor.
Tua voz é cavatina
Dos palácios de Sorrento,
Quando a praia beija a vaga,
Quando a vaga beija o vento.
E como em noites de Itália
Ama um canto o pescador,
Bebe a harmonia em teus cantos
O Gondoleiro do amor.
Teu sorriso é uma aurora
Que o horizonte enrubesceu,
— Rosa aberta com o biquinho
Das aves rubras do céu;
Nas tempestades da vida
Das rajadas no furor,
Foi-se a noite, tem auroras
O Gondoleiro do amor.
Teu seio é vaga dourada
Ao tíbio clarão da lua,
Que, ao murmúrio das volúpias,
Arqueja, palpita nua;
Como é doce, em pensamento,
Do teu colo no languor
Vogar, naufragar, perder-se
O Gondoleiro do amor!?
Teu amor na treva é — um astro,
No silêncio uma canção,
É brisa — nas calmarias,
É abrigo — no tufão;
Por isso eu te amo, querida
Quer no prazer, quer na dor...
Rosa! Canto! Sombra! Estrela!
Do Gondoleiro do amor.
Antônio Frederico de Castro Alves
Imagem: http://indoleromantica.blogs.sapo.pt/arquivo/chuva-casal.jpg